Reticências... porque não existe ponto final...
quarta-feira, 1 de abril de 2015
quarta-feira, 11 de março de 2015
Depois é distante daqui.
Se você ama, diga que ama. Diga o seu conforto por saber que aquela vida e a sua vida se olham amorosamente e têm um lugar de encontro. Diga a sua gratidão. O seu contentamento. A festa que acontece em você toda vez que lembra que o outro existe. E se for muito difícil dizer com palavras, diga de outras maneiras que também possam ser ouvidas. Prepare surpresas. Borde delicadezas no tecido às vezes áspero das horas. Reinaugure gestos de companheirismo. Mas, não deixe para depois. Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui. Depois é sei lá...
___ Ana Jácomo
Extravagância das mulheres
Os homens queixavam-se da extravagância das mulheres, que quase se nivela a deles próprios. Em Florença, no correr de meio século, entre 1343 e 1396, foram decretados sete conjuntos diferentes de leis, em uma tentativa de ser regulado o número de saias que uma mulher deveria ter, o comprimento da cauda que poderia usar, o preço dos tecidos e ornamentos e até mesmo a profundidade de seu decote – embora este último tivesse mais a ver com as distinções de classes do que com a economia.
“As belezas nuas tiveram que se velar e depois, logo em seguida, cobrir cada centímetro de sua carne pecadora sob pesados tecidos sombrios, à moda espanhola, tornada dominante para as elites sociais de toda a Europa. A segunda metade do século XVI e os primeiros decênios do seguinte ordenaram insistentemente às mulheres que cobrissem o seio que a moda lhes permitia às vezes mostrar e entrassem na linha.”, diz o historiador Robert Muchembled.
Trecho de "O Livro do Amor", de Regina Navarro Lins.
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