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sexta-feira, 3 de abril de 2009

Soneto



Soneto XLIV

Saberás que não te amo e que te amo
posto que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.
Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo todavia.
Te amo e não te amo como se tives
seem minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino desditoso.
Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.
Pablo Neruda

4 comentários:

Anônimo disse...

Olá... seja bem vinda querida!! =)
Também estou seguindo o seu.

Ótimo FDS pra vc!!

Bjinhuss ;)

disse...

LINDA, DESAFIO DE AMOR NO BLOGUINHO DE BSELOS, VC VAI GOSTAR...
UM FDS GOSTOSINHO!!!
BJSSSSSSSSSSS

Alfredo Rangel disse...

Que dizer de Neruda?
Perfeição, sentimento, paixão?
Prefirodizer, Lia, que não te amo. E que te amo muito.

beijo

Ritinha Leal disse...

OI LINDONA, TEM SELO DE PASCOA PRA TI NO MUNDO DA RITINHA

BEIJOKINHASSSSSSSSSSSSSSSS